quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Duas armadilhas que rondam a liderança: a fascinação pelo mesmo e arrogância.

Sabemos que estar em posição de liderança não é uma tarefa nada fácil, diariamente o lider é posto à prova de fogo em muitas situações, ele trabalha muitas vezes como um bombeiro, tem que apagar os incêndios, outras é um médico, em que precisa medicar a sua equipe para curá-la de vírus (problemas na equipe), outras vezes atua como um verdadeiro psicólogo em aprender a ouvir as pessoas e assim por diante.
Lendo o livro, nos deparamos com um tema que está batendo sempre a porta de uma liderança: a fascinação pelo mesmo e a arrogância, mas isso tem muito haver com cada um de nós, em cada área de nossas vidas: no trabalho, com a família, na escola, em que "é o mesmo o tempo todo do mesmo jeito", ou seja, pessoas presas a um modelo de fazer as coisas sempre do mesmo jeito, da mesma forma, presas no passado, e não conseguem avançar para o futuro.
Quando isso acontece, é porque temos modelos mentais profundamente arraigados, generalizações que nos limitam abrirmos para aquilo que é novo, de deixar um pouco de lado as nossas idéias preconcebidas e dar ouvidos ao outro, pois ao vermos o outro como o outro e não como estranhos, poderemos aprender e ampliar os nossos modelos mentais. É preciso nos aculturarmos em parar de apenas reproduzir tarefas, mas ampliar a capacidade criadora do ser humano de fazer um processo melhor com mais resultados e deixar as formas de lado.
Já dizia Albert Einstein: A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao tamanho original".
A outra armadilha é a arrogância que é supor que se sabe tudo, que já conhece e que acha que não precisa mais aprender, e segundo Cortella página 72, possui uma característica muito peculiar: é cheia de certezas.
Este tipo de liderança coloca em risco a eficiência da equipe, prejudicando a capacidade criadora das pessoas, as suas idéias, as fazendo se sentirem insignificantes naquela obra.
As pessoas abusam do poder, e Cortella nos ensina algo fundamental: Um poder que se serve, em vez de servir,é um poder que não serve" - página 138.
Para isso, o Cortella nos propõe cinco ingredientes necessários para que uma liderança não sucumba:

1.  Abrir a mente

O lider deve ficar atento àquilo que muda e estar sempre disposto a aprender.
"A mente humana é como para quedas funciona melhor aberta" - Charlie Chan, detetive fictício do cinema chinês.

2. Elevar a equipe

O liderado percebe claramente quando você é capaz de, ao crescer, levá-lo junto.

3.Recrear o espírito

As pessoas devem se sentir bem e ter alegria onde estão. Seriedade não é sinônimo de tristeza. Tristeza é sinônimo de problema.

4. Inovar a obra

Liderar pressupõe a capacidade de se reinventar, de buscar novos métodos e soluções.

5. Empreender o futuro

Não nascemos prontos, também não somos inéditos, mas tão pouco somos ilhas.

"Homens são anjos com uma asa só. Para voar, precisa grudar no outro" - Luciano de Crescenzo, presidente da IBM na Itália.


Fica então para se pensar estas questões, e pô-las em prática em nossa vida.

Fonte: Livro Qual é a tua obra? - Mário Sérgio Cortella.

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